terça-feira, 18 de outubro de 2011

Professores marxistas doutrinam os nossos jovens - Parte II

No seguimento da nossa publicação de 13 de Outubro, o cidadão Pedro Duarte enviou email à Direcção. A Direcção nem se dignou a responder: é este o respeito que os contribuintes merecem. A Escola, supostamente, é uma entidade que está aberta à sociedade, mas esta parece estar apenas aberta para determinada vertente política.


Na escola António Carvalho Figueiredo, escola pública, em Loures, uma professora de História, no ano lectivo 2010-2011, convidou um elemento do PCP para ir à sua aula falar aos alunos das virtudes do 25 de Abril e do muito que este pobre senhor sofreu durante a terrível “ditadura”. A professora, não só se orgulha da relação próxima que tem com o partido, como convenceu todas as suas colegas de grupo a seguirem a mesma estratégia, e neste ano lectivo, todas as turmas de 9º ano vão ter um elemento do PCP nas suas aulas, para os doutrinar correctamente.

O Sr. Pedro Duarte, residente no concelho, trabalhador e contribuinte do Estado Português, soube desta situação e sentiu-se indignado. Enviou uma missiva à Direcção da Escola, que nem sequer teve direito a resposta – como é óbvio, porque isto da democracia só é bom quando nos convém. Assim sendo, ele procedeu ao contacto com o ME, e solicita a todos os cidadãos, que tal como ele se sintam indignados com esta situação, que enviem para a Escola o mesmo email que ele enviou, por forma a fazer pressão. O texto do email, pelo qual compreenderão melhor a situação, está na nossa anterior publicação. Basta copiar e enviar com o vosso nome para acf-dir@mail.telepac.pt.

Estas coisas acontecerão sempre, a partir do momento em que nada fizermos para as evitar

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Professores marxistas doutrinam os nossos jovens

Chegou ao nosso conhecimento, através de um cidadão indignado, que uma professora de História do ensino básico tencionava doutrinar politicamente os seus alunos, e contar a "história" de um jeito bem tendencioso... Já sabemos que é algo normal nas nossas escolas, mas a verdade que só o é porque nós permitimos. Está na hora de dizer BASTA!



O MNA tomou posição e através de um dos seus colaboradores enviou um email à Escola, situada no distrito de Lisboa. Se a situação for regularizada, ocultaremos o nome da escola e da professora em questão, caso contrário divulgaremos aqui tudo, e incitaremos a que todos vós enviem um email de reclamação ao dito estabelecimento.

Aguardem pela evolução deste caso... daremos novidades em breve! Aqui fica a carta que enviámos à Direcção da Escola:


"Exma. Sra. Directora da Escola ___________________, ______

Tive recentemente conhecimento de uma situação, através de um Encarregado de Educação de um aluno da sua Escola, que me deixou bastante transtornado, pelo facto de eu jamais esperar que semelhante situação pudesse ocorrer numa Escola Pública de um Estado dito democrático e plural.

No ano lectivo 2010-2011, uma professora de História do 9º ano da sua escola, aproveitando uma unidade curricular que focava o 25 de Abril, convidou um elemento do Partido Comunista Português que esteve preso durante o Estado Novo para ir à escola falar com os seus alunos sobre as experiências que viveu. Agora em 2011-2012, todas as professoras que leccionam o 9º ano tencionam endossar novamente o pedido a esse partido, para que este envie um dos seus elementos com vista à doutrinação das crianças do 9º ano. Começo por uma primeira questão, simples e directa: pode uma Escola Pública convidar elementos de um partido político, para ir doutrinar as suas crianças? Sendo este um Estado dito democrático, esta situação não deveria ser apenas possível caso as professoras em questão levassem igualmente alguém que tenha uma visão diferente dos acontecimentos – no mínimo, alguém que não pertença a uma força política, ainda mais da extrema-esquerda?

Mas outras questões, que reforçam a necessidade de maior rigor democrático que frisei anteriormente, me assaltam perante um caso destes:

- Irá o membro do PCP falar da ditadura ao estilo soviético que tentou implementar em Portugal logo a seguir ao 25 de Abril?

- Irá o membro do PCP descrever as perseguições, prisões e torturas que os seus companheiros levaram a cabo na altura do PREC, contra pessoas que não tinham cometido qualquer crime?

- Irá o membro do PCP falar de todas as empresas que foram criminosamente ocupadas e vandalizadas durante o PREC? De todos os campos agrícolas que foram indevidamente ocupados durante a reforma agrária, e que depois ficaram ao abandono porque os amigos deste senhor só depois de aperceberam que era preciso que alguém trabalhasse o campo (coisa que eles não queriam fazer)?

- Irá o membro do PCP explicar que foi exactamente devido ao seu PREC que Portugal entrou pela primeira vez na bancarrota, o que motivou a “estreia” do FMI em Portugal, no negro ano de 1977?

- Irá o membro do PCP falar da acção de controlo de todos os meios de comunicação levada a cabo pelos seus “camaradas”, e inclusivamente das perseguições a jornalistas, e do encerramento forçado de jornais – por censura – como aconteceu com “O Diabo” e “A Rua”? Relembro que estes factos foram na altura alvo de repúdio por parte de variados governos da Europa democrática.

- Irá o membro do PCP dizer que os comunistas foram os únicos opositores ao Estado Novo, quando na verdade, na década de 30 e 40, milhares de Nacional-Sindicalistas foram presos e torturados por lutarem contra esse mesmo regime?

- E já agora, irá o membro do PCP falar de democracia e liberdade, pertencendo ele a uma força partidária anti-democrata, que nunca em país nenhum subiu ao poder por esta via – pelo contrário – sempre ascenderam ao poder através de sangue e sofrimento; aguentaram os seus regimes à custa de fome e torturas contra o próprio povo, sendo esta a doutrina responsável pelo maior número de mortos na história da humanidade?

Certamente este senhor não falará de nada disto. Então, pergunto eu legitimamente, o que vai ele fazer à aula de história? Julgo eu, que o objectivo de uma aula de história, é demonstrar aos alunos a verdade dos acontecimentos, e não uma visão pessoal de acordo com interesses político-partidários.

Parece-me claramente, e é esta a única conclusão que daqui podemos retirar, que a professora que iniciou todo este processo tem um objectivo claro de utilizar a escola para fazer propaganda política, com a anuência da Direcção da mesma. Como contribuinte, não posso de maneira nenhuma aceitar uma coisa destas: uma Escola Pública, paga com o dinheiro de todos nós, num Estado democrático e plural, não pode nunca ser palco desta propaganda vergonhosa.

Assim sendo, e considerando a gravidade desta situação, caso eu não obtenha resposta em relação a esta situação e ela seja levada avante, farei tudo o que estiver ao meu alcance para responsabilizar a Escola por este crime, bem como à professora em questão. Endossarei uma queixa ao Ministério da Educação, enviarei uma cópia desta missiva a todos os jornais e televisões, e espalharei a mesma por todas as redes sociais possíveis e imaginárias, e não me coibirei de divulgar o nome da professora, pois o mérito tem de ser dado a quem o tem, e a culpa não pode morrer solteira.

Com os melhores cumprimentos,
(......)"

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Anarco-criminosos no Concelho de Loures

Na passada semana um grupo de autónomos foi a Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures, ajudar alguns camaradas que estão a ser vítimas de ataques de anarco-criminosos.
Estes indivíduos começaram desde há cerca de um ano e meio numa actividade regular, que consiste em pintar murais e escritos vários em paredes de edifícios de moradores, e de instituições diversas - a freguesia está inundada de lixo urbano. Sabemos que estes anarco-criminosos não têm qualquer respeito pela propriedade privada e pela população, o que explica os ataques a paredes que antes estavam limpas, e agora estão inundadas de tinta e rabiscos.
Alguns camaradas Nacionalistas começaram a colar cartazes com diversas mensagens às populações em locais apropriados para o efeito, especialmente mensagens a favor da segurança das populações, sem interferir com estes anarco-criminosos. No entanto, no seu normal intuito de tudo destruir, e ignorando o teor das mensagens dos cartazes, bem diferente da filosofia inócua e inconsequente anarco-marxista que apoiam, os anarco-criminosos têm-se dedicado à destruição sistemática destes cartazes, pintando-os de negro.
Não há dúvida que estes anarco-criminosos, além de terem muito $$ para tinta (não admira, considerando que provêm da “esquerda caviar”) têm também muito tempo para andar constantemente a destruir os cartazes Nacionalistas (também não admira, pois sabe-se que esta gente não é muito chegada ao trabalho…).
Em resposta, alguns camaradas Nacionalistas da região têm também vandalizado os escritos e os cartazes de forças políticas associadas a estes criminosos. Segundo os nossos camaradas, nunca houve qualquer desejo em iniciar nem há qualquer vontade de prolongar esta guerra, mas como é óbvio os anarco-criminosos, visto não terem propostas construtivas, têm aqui e agora uma oportunidade para fazer a única coisa que a sua doutrina lhes transmite – destruir tudo – e provavelmente não irão parar.


Alguns Autónomos fizeram questão de marcar a sua presença, e registar a sua marca, como se pode ver na foto. Saliente-se que em frente a este mural há o Clube de SAC, cuja casa já estava pintada pelos anarco-criminosos há quase dois anos, e dois dias depois dos Autónomos terem “apagado” essas mensagens sobrepondo símbolos seus, não é que um grupo de 3 indivíduos foi pintar essa casita? Ficou bonita, de facto, e esperamos que assim continue. Pena que foi necessário os Autónomos lá irem colocar símbolos que os donos desse clube não gostam, para que fizessem o que já deveriam ter feito há muito…
Já agora, caros anarco-criminosos, caso leiam estas linhas, fiquem sabendo que o Anarquismo pode também ser Nacionalista, e com esse, nós até simpatizamos! Larguem lá as vossas filosofias românticas marxistas jurássicas do início do séc. XIX, e apoiem o verdadeiro combate popular, a genuína luta anti-sistema, o verdadeiro espírito social-revolucionário – aquele que é enquadrado numa óptica Nacionalista! Juntem-se a nós!!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Introdução ao Movimento Nacional-Sindicalista Português

Quando falamos de Nacional- Sindicalismo as pessoas lembram-se sempre da versão Espanhola e ignoram a versão Portuguesa do fenómeno, impulsionado por Rolão Preto e muitos outros activistas Portugueses.
O Nacional-Sindicalismo foi odiado quer pela ditadura do Estado Novo em Portugal quer pela oposição comunista; os comunistas gostam de se esquecer de que eles não eram o único movimento político perseguido pelo governo.

Eu não vos vou contar a história deste movimento, mas apenas as suas tendências políticas que fizeram com que os seus membros fossem considerados como "fascistas" pela esquerda e como "comunistas" pela direita.

Foi um movimento orientado por e para trabalhadores, apesar de também contar com muitos intelectuais nas suas fileiras. Usavam camisas de brim azul, pois eram essas as camisas do proletariado Português naquela época.



Defendiam a implementação de um vencimento familiar para a da dona de casa, pois consideravam que cuidar do lar e da família era um trabalho deveras difícil e importante que deveria ser pago como tal.

Eles tiveram sindicatos de trabalhadores que incluíam tanto agricultores como trabalhadores da fábrica, juntamente com trabalhadores de “colarinho branco” e trabalhadores manuais; não eram direitistas nem esquerdistas, visto que acreditavam que os rótulos eram apenas outra forma de dividir a população da Nação.

Pregavam que a riqueza só deveria ser produzida através do trabalho, não por especulação ou por usura como era prática corrente na altura, e ainda o é agora: só o trabalho duro deveria ser recompensado com a criação de riqueza.

Todas as famílias deveriam ter o direito a uma casa, sem hipoteca, ou seja: você e sua família deveriam ter uma casa sem ter que a pagar aos bancos para o resto da sua vida como condição para a possuir!

O Poder Local deveria ser muito forte, em oposição ao poder central que corrompe, como todos os poderes o fazem.

Opuseram-se igualmente à acumulação de cargos políticos, governamentais e privados, algo ainda muito na moda no Portugal de hoje, onde os políticos trabalham em simultâneo para empresas privadas e até mesmo em empresas Estatais, reunindo vários salários em vez de apenas um.

Eles foram também os primeiros a pregar o anti-colonialismo: Portugal deveria criar algo externo aos sabores e vontades da Comunidade Britânica, em vez de manter o domínio imperial. Eles estavam muito à frente do seu tempo.

Por difundir uma crença que estava para além do liberalismo, capitalismo e comunismo, eles foram forçados ao exílio, perseguidos ​​e enviados para a prisão pelo governo de extrema-direita, bem como atacados nas ruas pela extrema-esquerda e comunistas que odiavam a sua popularidade entre as classes trabalhadoras.

Eles foram ainda referidos como "Nacional-Comunistas" por defenderem um forte senso de comunidade nacional, ao mesmo tempo que apoiavam a guerra de classes (dos oprimidos contra os opressores) e emancipação dos trabalhadores.

Há muito a descobrir ainda sobre este Movimento uma vez que a ditadura do Estado Novo deu o seu melhor no intuito de apagá-la da memória, e depois da revolução Portuguesa os democratas fizeram exactamente a mesma coisa. Temos ainda muito a pesquisar sobre este Movimento que reuniu sob a mesma bandeira milhares dispostos a lutar tanto contra um governo de extrema-direita como contra uma oposição inócua da extrema-esquerda.

traduzido a partir de http://openrevolt.info/2011/09/06/the-portuguese-national-syndicalist-movement/

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Conferência "Integralismo Lusitano - Visão para o futuro" - Informação adicional

Três meses após a realização da conferência, assinalamos o facto disponibilizando um documento que reúne uma compilação de textos de diversos autores integralistas, e que foi entregue aos presentes no dia do evento.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Milícias Húngaras e os Bivalves Portug... Romenos


Na Hungria já há milícias Nacionalistas, fardadas de negro, a actuar em forma de represálias contra os ciganos, essencialmente nas zonas mais próximas da fronteira com países "problemáticos". Há nesta minoria étnica quem se queixe de que a sua situação no país piorou desde que o partido Identitário, Jobbik (Movimento para uma Hungria Melhor), fundado em 2003, obteve no ano passado 17% dos votos e 47 deputados, constituindo agora a terceira maior força parlamentar da terra dos Magiares. Têm havido manifestações e exigências para que os ciganos sejam postos fora das aldeias. O Jobbik, liderado por Gábor Vona, e agregando fascistas e nacional-socialistas, tem como principal objectivo a expulsão dos ciganos e de outros estrangeiros. Apresenta-se assim como uma verdadeira expressão da vontade popular mais elementar e vital.
E tal é actualmente a sua força, sobretudo no norte do País, que alguns presidentes de Câmara chamaram milícias do Jobbik para fazerem a segurança das ruas e manterem os ciganos à distância. Muitos dos integrantes destas milícias são antigos membros da Magyar Garda (Guarda Magiar), grupo paramilitar ilegal inspirado na estética e na ideologia da Cruz Flechada, partido fascista húngaro anterior à II Guerra Mundial.
Na aldeia de Gyöngyöspata, que tem não mais de duas mil e quatrocentas almas, os nacionalistas estão agrupados com o nome de «Szebb Jovoért Polgáror Egyesulet», ou «Associação de Patrulhas Civis para um Melhor Porvir». As autoridades locais agradecem a Vona pelo trabalho aí realizado de protecção da população.
Existem outros grupos, tais como o Exército Nacional dos Sentinelas e Exército dos Bandidos, que semeia medo entre os ciganos. A população que apoia estas formações afirmam que precisam de se defender dos roubos cometidos pela referida minoria étnica. 


Em Portugal, a criação de semelhante força é cada vez mais premente.
Foi este fim-de-semana noticiado, o receio cada vez maior dos mariscadores olhanenses em relação aos  imigrantes romenos, que apanham ilegalmente bivalves na Ria Formosa, retirando o sustento desta comunidade Olhanense (http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentID=F5DFF0E5-6BDA-417F-AE96-710C50274E0B&channelID=00000010-0000-0000-0000-000000000010.)
Estes imigrantes pescam ilegalmente, e este acto em si é altamente prejudicial à Nação em quatro grandes vectores:
1) é uma séria ameaça à comunidade local, que daquele negócio depende há já muitos anos, e que assim perde o seu sustento;
2) sendo uma actividade específica da região, é um factor de identidade que está em risco;
3) constitui uma fuga aos impostos, que prejudica directamente o Estado;
4) com a pesca ilegal, torna-se mais difícil o controlo por parte das entidades competentes ao nível da preservação e evolução da espécie marinha.

Além da pesca ilegal, estes indivíduos, que de acordo com as estimativas já serão uns 70, ocupam ilegalmente habitações, e espalham o medo nas populações autóctones, que têm receio não só de apresentar queixa na polícia, como também têm receio de prestar declarações à imprensa.

Sabemos que as nossas "autoridades competentes" não têm qualquer competência para resolver situações como esta. Terão de ser os Nacionalistas, os únicos que defendem os Portugueses e a sobrevivência da Nação, a intervir nestes casos. 

Que as milícias se formem, e que actuem. Por Portugal!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Crime... consente-se

Crime - "Qualquer violação grave da lei moral, civil ou religiosa; acto ilícito; contravenção (...)".

Liberdade - "Faculdade de fazer ou de não fazer qualquer coisa, de escolher (...)".

Muitas violações morais, civis, religiosas; muitos actos ilícitos e muitas contravenções têm ocorrido desde 1974, e pior que tudo, ocorrem impunemente.

É-nos vendida a ideia de uma falsa liberdade; uma liberdade que de facto não pode existir: como posso ter eu liberdade em fazer ou escolher algo se corro o risco de ser privado de o fazer ou escolher por outros cidadãos, de forma ilícita, sem que o Estado faça o que quer que seja para o impedir? Se o Estado descarta a sua tarefa de proteger as pessoas de bem, como pode a liberdade dessas pessoas estar assegurada?

O regime em que vivemos não proporcionou qualquer tipo de liberdade aos seus cidadãos: fomentou sim, vergonhosamente, uma cultura de libertinagem em que o criminoso tem sempre mais "direitos" que a vítima.

200 crimes por ano de aumento nos últimos 18 anos; o verão quente de 2007 (quem não se lembra) em que todos os dias havia dezenas de bombas de gasolina assaltadas; ourivesarias que estão a ser "varridas" do mapa; assaltos às moradias do Algarve, que mandam embora do país muito turismo; inúmeras casas do comércio tradicional que encerram por não aguentarem as vagas de assaltos...

Em seguida deixamos um vídeo que passou num programa "das manhãs". O directo tem destas coisas... Barra da Costa disse umas verdades que de outra forma a censura do actual regime jamais deixaria passar. Talvez venha a sofrer represálias.. de forma dissimulada, claro!
 
Neste programa, tal como acontece sempre na comunicação social (e nos nossos políticos do sistema), fala-se do aumento da criminalidade violenta, fala-se do aumento de agressões a agentes da autoridade e pedem-se mais medidas repressivas para combater a criminalidade.

Fala-se nas consequências e pedem-se mais meios para as combater e nunca se fala nas causas e na origem da criminalidade: aceita-se tudo com naturalidade como se este fosse o nosso fado.

Sem querer acusar ninguém, jamais tal intenção nos passaria pela cabeça, deixamos as seguintes questões:

1) por que é que em Portugal, sensivelmente na última década, começaram a actuar a máfia de leste, máfia siciliana e máfia brasileira?

2) por que razão, aqueles 18 anos de aumento de criminalidade que Barra da Costa fala no vídeo, correspondem exactamente ao período que Portugal sofreu uma maior vaga de imigração proveniente dos PALOP's?

3) por que é que de repente começaram a acontecer crimes cada vez mais violentos e até inéditos no nosso país que outrora era bem mais pacífico e seguro?

Quanto dinheiro tem saído do país, derivado de todos estes saques? Quem vai repor esse dinheiro? Os  governantes do nosso sistema ditatorial?

terça-feira, 3 de maio de 2011

"Rascas" - Movimento apartidário?



A nossa comunicação social tem dado ampla cobertura a estes "jovens": são descritos invariavelmente como uma espécie de heróis nacionais, os que querem justiça, os pobres desgraçados que não têm emprego,... enfim, umas vítimas do "sistema". O vídeo fala por si (bem como os comentários ao vídeo): quando falam em "anti-capital" pretendem uma espécie de PREC, desrespeitando qualquer Propriedade; e quando falam em "anti-autoritário" querem de facto um sistema sem qualquer autoridade onde qualquer bandalho possa fazer o que quiser ou bem entender, talvez "matá-los a todos", que é o que estes "jovens" criminosos defendem em relação a outros cidadãos nacionais.

Os "jovens" falam constantemente nos seus direitos, e falam regularmente numa espécie de "trabalho para toda a vida", e queixam-se da "precariedade". Já alguma vez alguém explicou a estes "jovens" por que razão há precariedade em Portugal e não o há nos países do norte da Europa, por exemplo? Talvez porque lá não exista esta "filosofia de Abril" que eles tanto veneram, e querem apresentar como sendo a única saída possível a este "sistema".

Ah, mas a cereja em cima do bolo, é quando ouvimos os "jovens" dizer que são apartidários. São apartidários, apesar de andarem de cravo na mão; são apartidários, apesar de usarem as mesmas palavras-chave de um conhecido partido político; e por último, são apartidários, mas quando aparece REALMENTE um movimento apartidário, que ataca por igual TODOS os partidos do sistema, e coloca no centro do Interesse Nacional a própria Nação... aí os "jovens" já não são "apartidários".... aí revela-se a sua verdadeira Identidade.

O excelente vídeo que se segue, que impulsiona uma manifestação do Povo VERDADEIRAMENTE apartidária, foi censurado por toda a comunicação social, tal como o movimento que o impulsiona também o foi. E os "Rascas", esses, marcaram uma acção para esse mesmo dia, numa tentativa de boicotar este movimento. Ai, que se esqueceram que eram apartidários...


domingo, 24 de abril de 2011

Conferência "Integralismo Lusitano - Visão para o futuro"


O Integralismo Lusitano foi um movimento político-cultural, cujo nascimento podemos apontar para Abril de 1914, aquando do aparecimento da revista Nação Portuguesa.

Nasceu do caos em que se vivia na I República, formado pela vontade de alguns monárquicos e de republicanos desiludidos. Havia o sentimento geral da necessidade de mudar, da inevitabilidade de instaurar novas regras e novos valores, da vontade popular de refundar Portugal.

A Revolução Nacional de 1926 tinha na sua doutrina alguns dos fundamentos do Integralismo Lusitano. Hoje, em 2011, urge a necessidade de uma nova Revolução. Qual poderá ser a contribuição do Integralismo Lusitano?

As edições Réquila estarão presentes neste evento com as suas publicações.

"Mais do que um corpo de doutrina, mais do que um breviário de constituição política, mais do que um programa, mais até do que um simples ideário monárquico, o Integralismo Lusitano é uma autêntica forma de viver e de pensar, uma norma moral, uma lição definitiva de síntese sobre o pensamento e a acção, uma alta escola de pensar contra o preconceito, o lugar-comum da época e do meio, uma clara vitória do pensamento contra a ideia-feita, do difícil contra o não pensar, contra a norma escolar e a cultura oficial ou oficializada. Sem o Integralismo não será possível compreender a história das ideias e dos factos no Portugal do nosso tempo."

Francisco Sousa Tavares in Combate Desigual.

sábado, 23 de abril de 2011

Consagração do Sobreiro a Árvore Nacional de Portugal



Está em curso uma campanha lançada pela Associação Transumância e Natureza (ATN) e pela Árvores de Portugal para a consagração do Sobreiro como a Árvore Nacional de Portugal

Sendo este um símbolo da nossa Identidade, em elemento essencial da nossa biodiversidade e um factor de relevo numa óptica de desenvolvimento sustentável, o MNA apoia totalmente esta iniciativa!

Em primeiro lugar aconselhamos a leitura deste pequeno texto do Colectivo Germinal acerca desta iniciativa, e a visita a este blogue onde podem obter informações sobre alguns dos nossos mais belos sobreiros.

De forma a ilustrar melhor este caso, o MNA colocou três questões à ATN, que a seguir reproduzimos.

1) Uma dúvida que se pode colocar imediatamente às pessoas é que, sendo o sobreiro uma árvore já protegida, que vantagens acrescidas trará a elevação do mesmo ao estatuto de Árvore Nacional. Na petição refere-se a biodversidade que daí se ganha, o evitar da desertificação e do desordenamento do território, e o potencial turístico associado a este ecossistema. Poderão indicar-nos casos concretos de sucesso, de projectos que tenham já sido levados a cabo neste âmbito?
A resposta não é fácil. No nosso caso (ATN) assumimos que a vantagem que vemos neste processo é a “interiorização” por parte da sociedade de que o sobreiro é mesmo importante seja do ponto de vista ambiental ou ecológico seja do ponto de vista económico. Por muitas leis que existam para protecção de uma espécie ou de uma formação florestal (montado de sobro e sobreirais) o ideal é que a nossa sociedade reconheça (instintivamente e por capilaridade) a necessidade da sua protecção. Por outro lado o sobreiro desapareceu (ou seja foi exterminado podemos dizer assim) em cerca de 2/3 do nosso país ao longo dos séculos), e ele continua a ter um enorme potencial em todo o país devido ao facto das suas características em termos de exigências edafoclimaticas coincidirem quase exclusivamente com as que caracterizam esta faixa atlântica da Península Iberica. O Sobreiro representa a Atlanticidade, ou a prsença da influencia atlântica nos ecossistemas do território peninsular (e essa faixa é quase só Portugal… e a Galiza). Ou seja para além de protegermos o sobreiro, procuramos dar o contributo para o reinstalar nos territórios onde desapareceu por acção humana, Queremos dar o contributo para o aumento da área de sobreiro e para o melhoramento do estado de conservação desses povoamentos devido aos benefícios ecológicos (em biodiversidade) que lhe stão sociados. Em relação a exemplos… o facto de Portugal ser o maior produtor nacional de cortiça, o facto da cortiça ser um dos pilares da nossa fileira florestal (fileira essa que tem posição cimeira no nosso PIB) são casos declarados sobre o valor económico desta árvore. Em termos ecológicos os exemplos não são tão conhecidos mas são óbvios. Sejam árvores isoladas sejam os extensos montados do Alentejo e Ribatejo, a esta espécie está associada a uma elevada biodiversidade e sustentação de habitats naturais muito importantes. O tema é vasto e tem vindo a crescer o seu rconhecimento público,, sobre isso aconselho a consulta de  http://vimeo.com/3357193 e http://www.wwf.pt/o_que_fazemos/hotspots_de_biodiversidade_e_servicos_do_ecossistema_/montado_de_alto_valor_de_conservacao_/


2) No Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, por exemplo, para além da preservação dessa espécie animal, também se trabalha a preservação de certas espécies florestais do nosso património como é o caso do Teixo. A vossa associação tem conhecimento de muitas entidades que façam este tipo de trabalho? As Árvores de Portugal ou a ATN costumam prestar auxílio a estes projectos?
A ATN www.atnatureza.org desenvolve um conjunto de acções de protecção do coberto vegetal autóctone (na Faia Brava), temos plantado milhares de árvores (temos um viveiro florestal), fazemos uma campanha de vigilância de incêndios, promovemos a criação de uma Zona de Intervenção Florestal (no vale do Côa) por causa dos sobreiros. A a associação Árvores de Portugal está centrada na protecçã das árvores. O FAPAS também se dedica à protecção da flora. Se quer que lhe diga há bem mais exemplos de projectos de protecção de fauna do que de flora, em Portugal..


3) Aqueles que lêem estas linhas, para além de assinar a petição, que mais podem fazer por esta causa?
A meu ver o maior contributo é o envolvimento (voluntário) que vocês possam ter na própria concepção das novas etapas deste projecto, ou seja estamos agora concentrados em concretizar a formalização legal desse estatuto (que tem apenas valor simbólico) mas não está bem definido o que vem a seguir (e tem mesmo de haver um seguimento deste esforço).


E agora, depois de toda esta informação, está na hora de assinar a  petição!



quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fábrica da Pólvora de Barcarena


É um espaço que muitos de vós provavelmente nunca ouviu falar, mas é sem dúvida um local de visita a registar: chama-se Complexo da Fábrica da Pólvora de Barcarena, localizada no concelho de Oeiras.

Este Complexo integra o Museu da Pólvora Negra (instalado no edifício da antiga Casa dos Engenhos), as instalações da antiga fábrica, um Auditório, uma sala de conferências, um jardim infantil, uma zona de lazer e restauração e alguns espaços verdes.

Algumas belas imagens deste espaço podem ser visionadas aqui.

Nos dias 8 e 9 de Abril decorreram algumas actividades (conferências e visitas guiadas) organizadas pelo Grupo de Amigos do Museu da Pólvora Negra com o apoio da C.M. de Oeiras.

A conferência do dia 8 estava subordinada ao tema “A Fábrica da Pólvora e a 1ª República” e, dada a importância da questão, o MNA esteve presente.

Entrevistámos o 1º orador do dia, Dr. Jaime Regalado, licenciado em bioquímica e pós-graduado em história militar, e sócio fundador do Grupo de Amigos anteriormente referido.


1.            De acordo com as suas conclusões, na I Grande Guerra Mundial, a participação da Fábrica da Pólvora Negra no esforço de guerra foi diminuta, devido à generalização da utilização de pólvora simples que se verificava na altura. Qual ou quais foram então os momentos da nossa história em que a produção da fábrica teve maior relevância?

Em primeiro lugar importa esclarecer que este espaço teve início (ainda no Reinado de D. João II) como ferraria, onde se produziram algumas armas e, posteriormente (no reinado de D. Manuel I) como fábrica de pólvora.

A sua localização priveligiada junto à ribeira de Barcarena permitia através dos seus engenhos hidráulicos assegurar o funcionamento de engenhos quer para o fabrico de pólvora quer para o fabrico de armas e artefactos de guerra.

Na sua constituição, esta fábrica foi repositório da melhor tecnologia de fabrico e processamento do ferro da Europa, importando-se mestres biscaínhos que trouxeram a sua tecnologia de ponta, na época.

Assim, poderei dizer que foi da maior importância em todos os momentos importantes da história de Portugal sempre no sentido de assegurar a expansão e consolidação dos territórios além-mar e na restauração/manutenção da integridade nacional aquém e além mar.

A importância das armas de fogo e da artilharia (sobretudo naval) é indiscutível na gesta dos descobrimentos. A fábrica da Pólvora de Barcarena assegurou a produção da maioria da pólvora para esses fins, como fábrica tutelada pela Coroa, a par com outras é certo, mas sendo esta de maior importância.

Nas Campanhas da Restauração, conheceu igualmente um momento alto da sua laboração, pois não só fabricou a pólvora necessária como o fabrico e recondicionamento de mosquetes (ditos mosquetes de Barcarena) e peitorais de ferro, assegurando uma parte do armamento necessário, tão difícil de adquirir por Portugal, num período que a obtenção de armamento no estrangeiro estava limitada pelos escassos recursos financeiros e aos países que reconhecessem o direito à auto-determinação de Portugal em relação à coroa Castelhana.

Já mais tarde. Quando pelo posicionamento português face à autodeterminação dos povos africanos nos territórios portugueses, em que Portugal foi alvo de diversos embargos. Assunto onde até o os Eua (J. F. Kennedy) alinharam com a Rússia contra a presença portuguesa em África (e discretamente o Vaticano). A industria militar portuguesa teve que assegurar grande parte da produção de material de guerra.

Este esforço, que se manteria ao longo de 13 anos, levou a que a Fábrica da Pólvora de Barcarena passasse a produzir munições já não de pólvora negra, carregasse morteiros de 60 e 81 mm, granadas-foguete para o LGF 8,9 mm, (granadas-foguete anticarro 5,9?), granadas de artilharia 105 mm, 155 mm e de artª de costa com o 23,8 cm.

Também foram carregadas nesta fábrica algumas das bombas que a FA utilizava, nomeadamente as de 1 Ton, carregadas com TNT.



2.            Na década de 50 do século passado a fábrica mudou de nome e passou a produzir outros tipos de pólvora química, dada a desactualização da pólvora negra. Chegou a registar nesta década o maior número de trabalhadores do seu historial, tendo posteriormente encerrado e reentrado em funcionamento em 1976, para encerrar definitivamente em 1988. A que se deveu o encerramento pré-1976? E qual a razão para, depois da reabertura, ter durado apenas 12 anos?

A Guerra Civil Espanhola e a hipotética ameaça daí imergente bem como a eminência de um conflito à escala mundial que já se pressentia, impuseram a Portugal a necessidade de uma profunda reforma militar. Neste contexto, a partir de 1937, materializou-se a modernização do armamento ligeiro que implicou igualmente uma modernização nos métodos e processos de fabrico.

Apesar da intensificação da actividade das indústrias militares portuguesas durante a 2ª Guerra Mundial, foi já no pós-guerra que se observou o maior incremento.

No plano internacional, o fim da 2ª Guerra Mundial, não resultou num processo de pacificação mas sim numa bipolarização do poder politico-militar, com a consequente corrida ao armamento convencional e estratégico.

No plano nacional, vivia-se um período de grande entusiasmo industrial que trouxe a criação de novas unidades fabris e a reorganização das existentes, no âmbito de uma política económica nacionalista e autárcica.

A adesão de Portugal ao Plano Marshal em 1948 e depois à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN-NATO) em 1949, nesta conjuntura económica nacionalista portuguesa, trouxeram um desenvolvimento significativo na industria militar portuguesa quer ao nível dos processos de fabrico, quer no enriquecimento do património humano, investindo na formação dos seus funcionários, que frequentaram diversos cursos de especialização no estrangeiro.

Assim, foi possível estabelecer diversos contratos de produção de munições de armas ligeiras, de artilharia, morteiros, etc., para diversos países da NATO, principalmente para a RFA.

A Companhia Portuguesa de Munições de Barcarena (CPMB), também contemplada com 300 000 USD ao abrigo do Plano Marshal, embora destinada principalmente à produção de pólvoras de caça, artefactos de sinalização e engenhos pirotécnicos, viu-se também envolvida na produção de material de guerra, como granadas de morteiro, espoletas, granadas de artilharia de campanha (por vezes a par com a Fundição de Oeiras que produzia os componentes em ferro fundido dessas granadas), para que fosse possível cumprir os quantitativos desses contratos de fornecimento.

No início da década de 1960, com o desencadear das acções de sublevação armada em Angola, Moçambique e Guiné, teve início um conflito que duraria 13 anos, nestes três teatros de operações.

Pela natureza deste conflito surgiu a necessidade de novo armamento mais adequado à guerra de contra-subversão.

Os embargos internacionais, mais ou menos discretos, que resultavam do isolamento em que o regime português havia sido colocado, pelo seu posicionamento anti-autodeterminação, impediram a aquisição de armamento no estrangeiro, para fazer face a esta necessidade.

Paralelamente, a impossibilidade de utilização do material de guerra recebido no âmbito da NATO em acções militares nas colónias (abaixo do Equador), obrigaram à intensificação da actividade de todos as instalações fabris do exército, com potencial para a produção de equipamento, viaturas, armamento e munições, na qual as instalações de Barcarena tomaram parte activa.

O encerramento da fábrica ocorre quando a fábrica estava sob administração belga. Na verdade a explosão que se deu em Novembro de 1972, condenou-a ao seu encerramento. Reabriria em 1976 com grande dificuldades financeiras e destinado ao fabrico de pólvoras de caça. A partir de 1985 passa a fazer parte do INDEP e manteve-se em laboração até 1988.

A razão do seu encerramento em 1988 penso que terá a ver com um processo de redução da autonomia militar de Portugal, ditada internaciomalmente. A fábrica de Barcarena foi o primeiro complexo a ser encerrado, seguiram-se os restantes. Fábrica de Braço de Prata e FNMAL em Moscavide.

Tendo tomado contacto com algumas pessoas desta última, ninguém percebe o seu encerramento, quando recentemente havia sido adquirido equipemento para as linhas de montagem e para o laboratório de certificação mo mis moderno.

Há situações pouco perceptíveis, pois a própria policia portuguesa comparava as suas munições de 9 mm à Selier & Bellot e recusava as municões do INDEP. Com qualidade irrepreensível, uma das três unicas fábricas de munições na Europa com certificação NATO. A FNMAL fornecia munições militares para os exercitos de uma série de paises da Europa e não só, entre os quais a Alemanha e produzia munições de elevada qualidade para competição (No meu percusrso como atirador, tendo falado com alguns atiradores finlandeses que quando disse que era português, de imediato me referiram que tinha sido uma pena o encerramento da fábrica pois eram excelente as munições 7,62 lá fabricadas, sobretudo as que usavam projécteis Sierra). O encerramento da fábrica trouxe inclusivamente problemas de cumprimento contratual com alguns paises, pois deixaria de poder fornecer nos anos vigentes no contrato.

Portanto, a tese da inviabilidade financeira não faz sentido. Oscila-se pois entre o interesse imobiliário dos terrenos onde estavam as fábricas (Moscavide e Braço de Prata) ou, numa hipotese mais rebuscada, por um qualquer interesse obscuro de retirar a Portugal a sua autonomia em termos de fabrico de munições.

A fábrica de Moscavide foi desmantelada e a maquinaria vendida para Espanha (penso eu). Tudo isto para explicar que o encerramento de Barcarena pode não ter uma razão tão óbvia quanto isso.



3.            Uma das curiosidades que referiu nesta conferência foi o facto de, entre 1920 e 1925, terem rebentado 350 bombas em Lisboa (de acordo com os registos oficiais) e terem ocorrido 20 revoluções entre Lisboa e Porto, factos significativos que espelham bem o caos e a instabilidade daquele regime, vangloriado por muitos dos partidários do regime actual. Que outras curiosidades nos pode apontar sobre esta época fatídica?

 O período entre 1920 e 1925 foi realmente um periodo muito conturbado. Mas a conturbação não começou em 1920. Logo apos a implantação da Republica tiveram início diversas revoluções. Porém, quando se fala em revoluções neste periodo, o leitor incauto pode pensar que se tratam de reacções monárquicas. Mas não. Com excepção dos combates de Chaves, Vila Real e Vinhais, entre 1911 e 1912, contra as forças chefiadas por Paiva Couceiro e em 1919, também contra forças lideradas por Paiva Couceiro, na sequência da “restauração” da Monarquia do Norte (combates em Monsanto-Lisboa), todas as restantes revoluções ocorreram motivadas por diferentes facções republicanas.

Não me vou deter a fazer um levantamento destes actos revolucionários e das suas motivações, pois seria um trabalho demasiado moroso. Mas lembro por exemplo a questão da noite sangrenta, que me parece paradigmática do ambiente que se vivia antes do golpe militar de 1926.

Sobre este assunto remeteria para a pena da Jornalista Joana (parece que entretanto falecida) que publicou no seu Blogue Semiramis uma descrição dos acontecimentos relativamente à noite sangrenta também conhecida pelo episódio da Camioneta Fantasma, que me parece muito correcta:

(pesquisar NESTA LIGAÇÃO o tópico “19 DE OUTUBRO DE 1921”)



4.            A Associação de Amigos do Museu da Fábrica da Pólvora nasceu em 2010 e esta foi a sua primeira actividade. Que outras actividades estão agendadas? Para todos aqueles que lêem estas linhas, o que lhes pode dizer acerca das vantagens em visitar este espaço

O GAMPN (Associação do Grupo de Amigos do Museu da Pólvora Negra) tem para 2011 uma agenda que inclui uma visita à Fábrica da Pólvora de Vale de Milhaços (uma unidade de produção de pólvora, de natureza privada, que funcionou até à bem pouco tempo na produção de pólvora negra) com o objectivo de dar a conhecer as instalações esta unidade, muito bem preservadas. Esta iniciativa, no âmbito da divulgação do nosso património industrial é aberto a outros elementos que não apenas os sócios do GAMPN.

- Restauro de peças do património da fábrica que pela sua relevância tecnológica devam ser restaurados (caso de dois peneiros).

- Estudo de peças do espólio do museu,

- Visitas guiadas temáticas, etc.

Na prática, duas grandes linhas:
I.                               
                               I) Divulgar o património histórico-cultural das Ferrarias/ Fábrica da Pólvora de Barcarena, junto da população e da comunidade científica das diversas áreas de estudo: História industrial, história militar, etc.
      II) Enriquecer o património do referido Museu. 


Um extraordinário testemunho histórico para reflectir; um espaço imprescindível para visitar. O MNA agradece!

domingo, 10 de abril de 2011

Rebelião a Toda a Vela!

É comum ouvirmos que os Portugueses são um povo de "brandos costumes".

É tido como normal e expectável que os Portugueses tudo aceitem sem protestar, sem criticar.

Por que será? Talvez a explicação apontada pelo nosso vídeo faça sentido.

No final do mesmo, poderão ver o autocolante "Rebelião a Toda a Vela", que os Amigos e Voluntários do MNA têm distribuído.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Patentes sobre sementes - Campanha das Sementes Livres



Em mais uma investida desta União Europeia “Global” e que defende os grandes interesses económicos, prepara-se uma nova regulamentação sobre patentes de sementes que, basicamente, irá colocar os direitos de produção na mão de meia-dúzia de produtores “gigantes”, e impedir que pequenos agricultores possam utilizar as suas sementes livremente para cultivar os seus produtos. Mais informações aqui.

Alguns já tomaram conhecimento deste caso através de um email que tem circulado na Internet, e que aqui reproduzimos:

“Sabem, por acaso, que no próximo dia 18 de Abril será aprovado em Bruxelas uma directiva sobre as sementes para a agricultura?
Que, por exemplo, 75% das sementes que são lançadas à terra em cada ano são sementes guardadas pelos próprios agricultores e que isso será absolutamente proibido a partir de então?
Que vão ficar certificadas meia dúzia de marcas/empresas para fornecer à agricultura, acabando com identidades nacionais nessa área?
Que apenas podem chegar ao mercados, couves, alfaces e outros verdes, por exemplo, espécies provenientes dessa certificação?
Que para poder-se produzir , a exploração terá de ter um mínimo de 10 hectares ?
Que tudo isso se faz com base no interesse de algumas empresas produtoras de sementes que afirmam não ter o rendimento do investimento feito em tecnologia e outros meios de produção, esquecendo que os seu investigadores foram formados em universidades públicas e a tecnologia é sempre um esforço do País e sempre colocada à disposição da iniciativa privada?
Que a maioria dessas empresas beneficiaram de apoios económicos e financeiros em larga escala, que de programas oficiais da comunidade, que em empréstimos da banca que hoje pagam os contribuintes à conta de tornar pública uma dívida que é privada?
Sabem que iremos ter a ASAE de novo a correr mercados municipais a analisar, a apreender e a inutilizas as couves que sempre comemos no nosso cozido à portuguesa?
Isto não é a Europa porque a própria Europa não passou da nossa ilusão e não é mais do que uma ferramenta mais para os desígnios da luta global pelo poder.


O MNA contactou a organização GAIA, um dos grupos dinamizadores da campanha “Sementes Livres” de sensibilização das populações para esta gravíssima questão. Em relação ao email que tem circulado na Internet, falámos com Lanka Horstink, responsável pela entidade, que nos disse o seguinte:

“Na verdade começou a correr um boato na Net, que a nova Lei das Sementes seria colocada à votação no dia 18 de Abril, mas tal não é verdade. Também diz o boato que se trata de uma Directiva, mas trata-se de uma Regulamentação (o que por acaso até é pior).

A Comissão tem um plano de acção disponível aqui , cujos contornos são preocupantes e que já resultou na passagem de 3 Directivas que restringem significativamente a comercialização de sementes tradicionais. Uma delas já foi passada para a legislação portuguesa.

Mas a CE ainda não apresentou a sua proposta para a Regulamentação, por isso por enquanto não há nada para votar ainda.”


O MNA aproveitou ainda para colocar mais três questões a Lanka:

1) Se esta regulamentação for aprovada, quais os efeitos práticos imediatos, para os pequenos agricultores, e para o consumidor final?
A ser aprovada a “Lei das Sementes”, tratando-se de uma regulamentação, sobrepor-se-á à legislação nacional. Ainda não foi apresentada proposta definitiva para esta Lei, mas ao observar o plano de acção da Comissão e as Directivas Europeias recentes sobre produção e comercialização de sementes ditas “de conservação” (mas que se refere a variedades tradicionais, regionais), que depois ficarão integradas na nova Lei, as ameaças são:
·       Toda e qualquer variedade de planta deverá ser registada no Catálogo Nacional de Variedades. Até recentemente, esta obrigação não existia para variedades regionais ou de baixo valor comercial. O registo implica custos, ensaios e o cumprimento de critérios a que as variedades tradicionais, cuja variabilidade genética as tem permitido adaptar-se ano após ano a solos e climas em constante mutação, não conseguem obedecer.
·       O simples facto de ter que registar uma variedade antes de a poder usar sem ser só para consumo próprio, vai limitar o mercado às sementes de empresas que já estão equipadas para satisfazer os protocolos de registo e de certificação. Pois, segundo as últimas Directivas Europeias, o agricultor que pretende guardar sementes tem que ter condições de terreno e equipamento que não são as do agricultor tradicional.
·       Em Portugal, cerca de 80% dos agricultores são pequenos e tradicionais. Os novos requisitos para produzir e comercializar sementes e os seus produtos vão prejudicar muito mais Portugal do que um país como a Alemanha, onde a agricultura familiar praticamente desapareceu.
·       Como já está patente nas últimas Directivas Europeias sobre sementes de conservação (2008/62/EC e 2009/145/EC) não só as variedades tradicionais terão de ser obrigatoriamente registadas como se restringe drasticamente a sua produção e circulação. A variedade tradicional registada tem que ter região de origem e não poderá ser produzida ou comecializada fora da sua região! Isto significa que todo o trabalho de uma associação de preservação de sementes tradicionais como a Colher para a Semear terá sido em vão: Uma semente de abóbora do Algarve não poderá ser plantada em Trás-os-Montes e vice versa. Isto travaria por completo o processo de melhoramento de plantas tão essencial para nos adaptarmos a solos cada vez mais pobres e condições climatéricas cada vez mais instáveis.
·       A autonomia do agricultor e em última instãncia a do consumidor vai ser posta em causa: ou opta por sementes do mercado, uma escolha necessariamente reduzida e sujeita a sementes tratadas com pesticidas ou pode ver a sua prática de preservar sementes ilegalizada.


2) Sendo esta legislação Europeia, poderão entrar neste mercado produtos vindos de fora da UE (por exemplo alguns legumes congelados), não sujeitos às mesmas regras?
Esta legislação serve principalmente para satisfazer as multinacionais, muitas delas estrangeiras, que querem garantir mercado para as suas sementes comerciais: convencionais e transgénicas. Implica que vamos ver muito mais produtos estrangeiros a circular no mercado europeu, tanto sementes como produtos processados, porque os pequenos criadores e agricultores não vão conseguir competir com os recursos destas empresas, e satisfazer todos os novos requisitos para preservar e vender sementes. O futuro que se antevê é um de produtos estandardizados, com pouquíssima variedade, tendencialmente com mais ingredientes transgénicos e clonados, e uma enorme dependência de países como Portugal nos produtos alimentares estrangeiros. Estamos a assistir à destruição do tecido agrícola local, restringindo a preservação e troca de sementes e produtos tradicionais, perdendo toda e qualquer autonomia alimentar em prol de um mercado global livre que beneficia uma mão cheia de grandes empresas.


3) A petição online e os dois dias internacionais de acção (17 e 18 de Abril) são um exemplo da vossa actividade em prol desta causa. Depois de 18 de Abril, que outras acções poderão ser levadas a cabo?

Entre Maio e o Outono vamos marcar presença em encontros e eventos em torno da agro-biodiversidade e as sementes e conhecimentos locais. Vamos apostar no alargamento da rede de Hortas pela Diversidade, hortas solidárias e ecológicas que dão o bom exemplo da agricultura e sentido de comunidade local que queremos promover. Para o Outono prevê-se um Intercâmbio Internacional de Sementes com oficinas, palestras, filmes e uma feira de sementes tradicionais. Paralelamente estaremos atentos aos desenvolvimentos legislativos a nível europeu e local para fazermos o lóbi político necessário.


O MNA agradece a disponibilidade de Lanka sobre esta questão, e deixamos aqui algumas ligações importantes:

Informações sobre os dois dias internacionais de acção, 17 e 18 de Abril:

Não se esqueçam de assinar a petição. Nós já o fizemos!

Para mais informações sobre a situação e sobre a melhor forma de ajudarem:

Partilhem este artigo. É uma questão muito séria!